22 de dez. de 2007



Encerro o ano com este último post, triste infelizmente, sobre a falta de entendimento do risco e a consequente tomada de medidas inadequadas de prevenção. Sobre o furto ocorrido no MASP todos sabem, mas o que me surpreendeu hoje de manhã foi ler que o museu havia sido vítima de uma tentativa de invasão poucos dias antes do sinistro, e que uma invasão havia ocorrido em outubro.

Mesmo diante desta sequência de ameaças, começa a sequência comum a este tipo de notícia. O responsável tenta diminuir o tamanho do estrago perante o público, as falhas de prevenção de risco e redução de impacto começam a aparecer e no final das contas, todos perdem com este golpe em um dos mais completos museus de um país com pouquíssimos expoentes neste setor.

E agora li uma notícia na Gazeta do Povo informando que nos últimos cinco anos os museus de Curitiba sofreram três tentativas de furto e registraram o desaparecimento de uma de suas peças. A diferença, é que os museus onde estas tentativas aconteceram tinham sistemas de segurança adequados, e não só a peça em questão foi recuperada, como os outros casos foram frustados graças a alarmes e câmeras, nada sofisticado como vemos no cinema, mas bem eficaz.

O MASP agora estuda colocar grades no belo vão que existe em seu prédio. Belo security theather, mas acho que vale mais a pena dar uma olhada no livro "Prevenção do Crime através da Arquitetura Ambiental" de autoria do coronel Roberson Bondaruk, da PM do Paraná. O livro é baseado em pesquisas muito bem conduzidas e mostra atitudes simples, que reduzem a probabilidade do risco através de medidas simples de Segurança Física.

Boas festas e até 2008.